29 mar
Imagem: PMI

Ipatinga duplica capacidade de leitos UTI-Covid a partir desta semana

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O Hospital Municipal Eliane Martins (HMEM), de Ipatinga, terá a sua capacidade de leitos UTI- Covid duplicada, saltando de 20 para 40, o que dará à cidade um fôlego significativo para lidar com o difícil momento de agravamento da pandemia, que afeta todo o país. Acompanhado de um grande grupo de vereadores, o prefeito Gustavo Nunes foi conferir de perto, na manhã de sábado (27), o andamento da instalação dos equipamentos, recebendo a garantia dos técnicos de saúde de que o trabalho será intenso para que toda a montagem esteja concluída até segunda-feira (29). Ao mesmo tempo, as equipes de atendimento no hospital passam por um treinamento especial para lidar com os instrumentos na plenitude de seu potencial, e tão longo os profissionais estejam treinados e os equipamentos montados, o hospital já passa a atender com 40 leitos de UTI-Covid.

A diretora do Departamento de Administração Hospitalar e Urgências (Deahu) da Secretaria de Saúde, Ilrisnett de Souza Resende, explicou que enquanto é concluída a implantação de tendas numa das áreas externas do HMEM – um trabalho já em fase avançada –, os leitos de UTI-Covid estarão funcionando dentro de uma ala do hospital onde estavam leitos de enfermaria. Estes, por sua vez, foram deslocados para um espaço que se mostrava praticamente ocioso.“Os equipamentos são de última geração, os mais modernos do mercado, e impressionaram inclusive os especialistas, já que estavam em suas embalagens de fábrica, ou seja, nunca foram usados”, comentou o chefe do Executivo. Ele ressaltou ainda que, por uma questão emergencial, tendo em vista que o município tem experimentado nestes dias uma lotação máxima de pacientes Covid também por atender a 14 outras cidades da microrregião, os materiais foram locados junto a uma empresa que atende regularmente ao Ministério da Saúde. “Graças ao bom trânsito que cultivamos nos escalões políticos superiores, contamos com o apoio providencial de nossos representantes no Estado e em Brasília, o que está nos possibilitando, em apenas três meses de governo, dar resposta para uma demanda que se arrastou por mais de um ano sem solução, embora a gestão anterior tivesse recebido dezenas de milhões de reais da União para investir nessa estrutura. Quando assumimos, encontramos o caixa desses recursos praticamente zerado”, pontuou Gustavo.

Mensagens emocionantes

Com os olhos marejados, Ilrisnett mostrou ao prefeito um mural que foi montado pelos funcionários num dos corredores do hospital, com dezenas de mensagens de ânimo, fé e encorajamento encaminhadas por alunos de uma escola do município. “Um dos pastores que dirige o educandário nos trouxe as cartas, fez uma oração, e todos nós choramos muito, nos emocionamos demais. Realmente, aqui as pessoas estão dando a vida para salvar outros, sacrificando suas próprias famílias, e este tipo de manifestação espontânea da sociedade faz com que os servidores arranquem forças do fundo da alma para seguir em frente”, relatou ela.

Casos gravesNa chegada do setor administrativo do HMEM, abaixo da inscrição com o nome da unidade, há outra demonstração eloquente do apoio e reconhecimento da população ao trabalho dedicado dos servidores da saúde para preservar a vida dos doentes. Foi pendurado um quadro produzido por Ana Luiza, uma garota de 13 anos, onde se lê: “Estamos orando por vocês”. A pintura teria sido produzida após dez dias consecutivos de vigília realizados pelo educandário onde ela estuda, em favor dos enfermos e das equipes de atendimento.

Na opinião de Ilrisnett, “uma das grandes razões da superlotação dos leitos de UTI-Covid, além da natural ampliação das contaminações em função do relaxamento de cuidados por boa parte da população, é que os pacientes já chegam ao hospital em estado gravíssimo, sem buscar auxílio médico quando os primeiros sintomas aparecem, sem ter uma avaliação preliminar quanto ao nível de comprometimento dos pulmões, por exemplo”. Numa conjuntura atual de praticamente 100% de ocupação dos leitos, ela considera que os novos equipamentos “trarão um alívio extraordinário”, mas torce para que as pessoas se conscientizem quanto a importância de não retardar a verificação da real condição, preservando com menos riscos a sua integridade física, assim como suas famílias e aqueles que fazem parte de seu círculo de relacionamento.

Aedes aegypti: alto índice de infestação exige cuidados redobrados em domicílios de Ipatinga

Após vistoria realizada por Agentes de Combate às Endemias (ACE’s) da Prefeitura de Ipatinga em 4.377 imóveis do município, no período de 8 a 12 de março, a Secretaria de Saúde anunciou, nesta quinta-feira (25), o resultado do segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa). A infestação larvária na cidade é de 5,9%, ou seja, a cada 100 casas, lotes vagos e prédios públicos vistoriados pelos ACE’s, em seis foram encontrados focos do Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

Houve um aumento de 1% em comparação com a última sondagem, realizada em janeiro. Conforme o Ministério da Saúde, o índice é considerado de alerta quando está entre 1% e 3,9%. A situação de surto ocorre quando o número é igual ou superior a 4% e o índice satisfatório é abaixo de 1%. Os números mais preocupantes foram apurados nos bairros Jardim Panorama, Caravelas, Esperança e Ideal.

Situação por área

Segundo análise feita pelos técnicos do Centro de Controle de Zoonoses de Ipatinga, os indicadores estão muito acima do limite máximo recomendado pelas autoridades de saúde. A vistoria revelou os bairros e regiões que apresentaram maiores índices de infestação: Caravelas e Jardim Panorama (9,2%); Esperança e Ideal (8,8%); Veneza, Limoeiro, Chácaras Madalena, Córrego Novo, Chácaras Oliveira e Barra Alegre (6,5%); Cidade Nobre e Iguaçu (5,5%); Imbaúbas, Bom Retiro, Bela Vista, Das Águas, Cariru, Castelo, Vila Ipanema, Centro, Novo Cruzeiro, Parque Ipanema, Granjas, Vagalume, Bethânia e Vila Celeste (5%); Bom Jardim, Ferroviários, Horto, área industrial, região próxima à Usipa (4,9%) e Canaã (2,5%).

O Departamento de Vigilância em Saúde, por meio da Seção de Controle de Zoonoses (SCZ), está programando ações setorizadas para conscientização em todo o município. Segundo a diretora Departamento de Vigilância em Saúde, Sâmela Iglesias, “neste momento o ambiente é propício para a proliferação do mosquito. Em períodos chuvosos, a oferta de criadouros é elevada, ao passo que, quando a temperatura aumenta, eleva-se também a velocidade de desenvolvimento do vetor. O mosquito leva de sete a dez dias para se desenvolver de ovo a adulto, e a forma mais eficiente de evitar surtos das doenças transmitidas por ele é eliminar o ciclo de vida do inseto”, explica.

Controle do vetor

As medidas de controle vão acontecer em todos os bairros do município, seguindo cronograma traçado pela Secretaria de Saúde.

Medidas de combate à dengue:

Para vencer as doenças geradas pelo Aedes aegypti, todos têm que colaborar. A orientação básica é manter os quintais limpos e estar atento também quanto aos perigos sinalizados na vizinhança.

Alguns cuidados essenciais são:

– Manter a caixa d’agua com a tampa completamente vedada.

– Retirar a água acumulada na laje.

– Manter as calhas desentupidas.

– Guardar em locais secos e abrigados da chuva pneus velhos e outros objetos que possam acumular água.

– Lavar semanalmente, com escova, a parte interna dos tanques utilizados para armazenar água.

– Não usar pratos nos vasos de plantas.

– Colocar latas, tampas de garrafas, cascas de ovos e outras embalagens vazias em sacos plásticos bem fechados, antes de descartá-los.

– Manter os sacos de lixo fora do alcance de animais até o recolhimento.

– Manter os ralos vedados e desentupidos – Trocar, semanalmente, a água dos vasos com plantas aquáticas e lavar a parte interna com escova.

 

Fonte: agencia ANVA